Pra você é só grafite sobre o papel
Você só enxerga o que sua cegueira mostra
E não entende que é explicável, a atitude, o belo ato
Os traços contemporâneos de Oriana Duarte
Ela é apenas uma Paulistana no Agreste de Pernambuco
Plebéia com ar de Burguesa
Que curte rock e MPB, mas não percebe e nem vê
Que fez outro mundo pra si mesma, em si mesma
E que hoje não existe mais nada de concreto a sua volta
Infantilmente com o ego inflado
Por seu narcisismo dispensável
Que se choca na rotina do espelho, das portas
E em preto e branco não percebe nem vê
Que naturalmente se descolori
A pureza fútil que dignificava há anos atrás sua pele
Mas pra ela é só tinta sobre o papel
Ela só enxerga o que a própria cegueira mostra
E não entende que é explicável, a atitude, o belo ato
Dos desenhos abstratos que estão se formando a sua volta
Sua educação é privilegiada:
Escola Pública, Caras e Jornal Nacional
Sua fé é muito intensa!
Sempre a leva uma vez por semana a igreja
Sua palavra e verdades são muito profundas
Tão fundas quanto um lago de águas rasas
Curte rock e MPB, mas não percebe e nem vê
Que fez outro mundo pra si mesma, em si mesma
E que hoje não existe mais nada de concreto a sua volta
Pois sua intelectualidade é advinda da burrice humana
Que forma o divino e não nota o teor da dureza a sua volta
E eu não sei como pude me apaixonar
E querer alguém assim pra mim pela vida inteira
E eu não sei como pude me apaixonar
E pensar que eu viveria com alguém assim pela vida inteira.