Booooo oooo oooi ooooooi
Êêê boooi oooo oooo êeee
Embaixo de algarobas eu faço minhas canções
E vou aboiando para o meu gado
Com minha viola no peito e gogó afinado
Eu vou aboiando para o meu gado
Booooo oooo ooooo ooooooi
Êêê boooi
Escuto os passarinhos, as águas do riacho
Que saem escorregando, vai regando o meu roçado
O feijãozinho verde, as espiga de milho
E o bezerro berrando na porteira do abrigo
O galo já cantou, o sol apareceu
As flores se abriram, o dia amanheceu
E assim vou aboiando o meu rebanho de gado
Ôoooi oooooo êêêê boooi oooo oooo oooo
A lenha tá queimando no fogãozinho de barro
E a fumaça saindo pela brecha do telhado
O cheiro do café moído e bem torrado
Minha enxada no ombro, tô indo pro roçado
E assim vou aboiando o meu rebanho de gado
Ôoooi oooooo êêêê boooi oooo oooo oooo