Mãe dos poetas, mulher de São Jorge,
és a rainha que da noite surge.
Deixa vagar-me pelo teu chão
e namorar-te sem sequer dar um beijo.
Faz penetrar-me em teu coração:
essa linda ilusão de queijo.
Oh Lua, quando cair,
caia na minha rua.
Travo batalhas com outros poetas,
com astronautas, dragões e insanos.
Nova, minguante, crescente, cheia,
ela é bonita em quaquer dos ângulos.
Oh Lua, quando cair,
caia na minha rua.
Só o luar me chama a atenção,
queria ter o luar do sertão,
Lua tomando Sol na varanda,
a linda nua deitada no chão.
Que a Lua caia na minha rua
num belo contraste com o arrebol,
eu roubaria a companhia sua,
eu e a Lua vendo o pôr do Sol.
Oh Lua, quando cair,
caia na minha rua.
Só o luar me chama a atenção,
queria ter o luar do sertão,
Lua tomando Sol na varanda,
a linda nua deitada no chão.