O sol e o sal nos moldaram como tal
Portadores do estandarte da cultura tropical
Raízes brasileiras coração universal
Musica naif, peso leve, digital
Vem da exuberância do maciço da tijuca
Amálgama num povo que sampleia e batuca
Entrando de chinelos no século XXIAfim de questionar o senso comum
Cada um com seu cada um, cada macaco no seu galho
Unidade coletiva, “way of life” solidário
Mutatis Mutandis, rapaziada tá voando
Depois da chuveirada fico aqui elocubrando
Sobre a vida, sobre a morte, sobre a conta no vermelho
O espaço profundo, e quem enxergo no espelho
Metáfora nenhuma explicará
Tem que ter conceito, recurso e canhota
Carcaça de dinossauro e destreza de gaivota
Humildade, firmeza e flexibilidade
O que arde cura, mas nem tudo que cura arde
Antes tarde do que mais tarde
Pra tudo tem hora na marcha da humanidade
Caixa eletrônico, placa tectônica
Fico catatônico com a orquestra filarmônica
Tsunami, Jabulani, silicone e rivotril
Novela, cautela e fêmea que te pariu
Incluindo as correntes do Atlântico-Sul
É tudo maravilha desse aquário azul
E como simples instrumentos de um sublime comando
O resto do poema nós diremos tocando