Nos olhos da ciência que desvenda a alegoria
Soam os tambores em anúncio à boa nova
Impávido diante do que não se conhecia
Avança no sendeiro o homem forte a cada prova
E quando sofre a alma nessa casa de argila
Há num mergulho de olho aberto a mão amiga que conduz
Do cosmonauta que avisou:
Cada um carrega a sua cruz
Ah, que maravilha é ver
Eu e minha tribo
Tranqüilidade, só lazer
Joga o jogo, jogador
O reino vegetal já coloria a ciclovia
Inalando e exalando a pulsação da massa
E lúcido diante da rica topografia
Sentiu a teia viva entrelaçada pela graça
Amou e foi amado da maneira que podia
E na abóboda celeste além do stratocumulus
O cosmonauta constatou:
“Cada um carrega a sua cruz”
Ah, que maravilha é ver
Eu e minha tribo
Tranqüilidade, só lazer
Joga o jogo, jogador