Cerrarão teus olhos mas não vais morrer
O teu silêncio entre algazarra irá prevalecer
Curvarão-se os deuses mas tu vais me ver
Na face de um anjo a tua morte esmorecer
E num lapso de um sonho eu encontrei razões
Que levaram sombras a minh´alma
Cataclismas tensos que povoam nossas mãos
Nos perguntam o que somos nós
Como um acalanto tua voz irá tremer
E erguerão-se os anjos procurando renascer
E medrosa e frágil tua tez irá ceder
Eu vou alucinado com os encantos concorrer
E num lapso de sonho eu encontrei razões
Que levaram sombras a minh´alma
Ventanias passam e clareiam as visões
E perguntam onde a porta está
Aberta
Mesmo que me deixes teu corpo percorrer
Nunca vou fazê-lo pois não creio no teu ser
Como queres sempre minha vida adormecer
Se vês passar os sonhos sem ao menos os reter
E num lapso de sonho eu encontrei razões
Que levaram sombras a minh´alma
Maresias tangem nossas densas emoções
E perguntam quando o ontem está morto!
Composição: Bruno Vigne / Paulo Renato