De crina negra topetudo aquele zaino
Meio aragano diferente da manada
Que retoçava pelo pampa peito erguido
Mui atrevido bem no meio da eguada
O Florismano foi quem regalou por bueno
Meio pequeno, o potrilho ainda me lembrei
Olhar atento atirando sempre o freio
Pingo faceiro para o vinte de setembro.
Meu zaino-negro escarceador
Me leva pros braços do meu amor;
Meu zaino-negro escarceador
Me leva pros braços do meu amor.
De cola atada e bufando estrada a fora
Tinindo esporas no andar bueno e macio
Olhando ao tranco as estrelas vão comigo
E um grilo amigo me convida ao assovio
As noites quentes e o fandango no povoado
Eu bem pilchado ía rever o meu amor,
Pois junto dela a vida é muito mais bonita
Linda mocita que inspira este cantor
No fim do baile cada qual mais satisfeito
Procura um jeito de mostrar contentamento
Palheiro acesso e o outro relinchando
Vão relembrando quem viveu melhor momento
E já no rancho ao chegar de manhã cedo
O zaino-negro vai direto pra aguada
E eu cansado lavo o rosto na gamela
Lembrando dela minha doce namorada