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Rancho Sem Dona

Flávio Mattes

Flávio Mattes / Osvaldo Flores
Milonga

A lo largo me espicho sobre o carnal de um pelego
No doce manso aconchego de meu rancho de capim
Um dia chegando ao fim e ao bater da Ave-maria
Tua imagem fugitiva vem pousar dentro de mim.

E tal e qual pombinha arisca a tua imagem se embala
Então pego uma viola e abro o peito a cantar
E canto assim sem parar até alta madrugada
E até quem passa na estrada param pra me escutar.

Muitos dirão que sou louco, isso porem não me abala
Pois o povo quando fala quase sempre por despeito
Não sabem o que vem do peito do guasca que se apaixona
E quem pra rancho sem dona pouco interessa o respeito.

Mas ti china linda quem sabe o meu sentimento
Esse meu verso é um lamento uma suplica oração
Consulte teu coração e regresse novamente
Para alegrar novamente este triste coração.






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