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Gente Sofrida

Flávio José

É a sede é a fome
É um sertanejo sem nome
Que a muito tempo não come
Mas de fraqueza não morre
Ele é que nem aveloz
Que sobrevive sem voz
Mostrando sempre pra nós
Que um valente não corre
O xique xique o inhambu
Assim também como tu
Reclama desse verão

Enquanto a chuva não vem
Se vive do nada que tem
Olhando pró céu e pró chão (bis)

É um deus nos acuda
Porque o tempo não muda
É precisando de ajuda
Pra consertar sua vida
Os rios não correm mais
O sol queimou sua paz
Me diga o que é que se faz
Com tanta gente sofrida
A cacimba de beber
Qual boca aberta a dizer
O que será do sertão

Enquanto a chuva não vem
Se vive do nada que tem
Olhando pró céu e pró chão

Composição: António Barros





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