Direto do submundo, pra você um absurdo
Pivete abandonado, invisível, pavio curto
No amargo do relento, teste de sobrevivência
Sociedade? Só vejo decadência
Chega de ser pisado, não vou mais pedir esmola
Aonde você for, eu vou na sua cola
Hora de me vingar, fazer jorrar o sangue
Você que me humilhou, agora vai pagar
Quando a presa dá brecha, é hora de atacar
Lamento pro mais fraco da cadeia alimentar
Eu sei que não adianta nada, mas não vou parar
Isqueiro, querosene e fumaça no ar
Foi-se o tempo que eu esperava você sentir pena
Você e o senador, pra mim é tudo igual
Tarde demais pra querer conservar os dente
A violência te mostrou que eu também sou gente
Eternamente a justiça eterna mente
De frente eu te encaro, é muito mais decente