Que é da velha canção que sempre me cantavas
que é da velha ilusão que sempre demonstravas
que é do velho presente que sempre trazias
que é da poesia que tu sempre me dizias
que é da utopia que tu sempre realizavas
que é da magia com que sempre me enganavas
que é da velha canção que sempre me cantavas tu
que é da velha razão que sempre apresentavas
que é da velha versão que sempre me levavas
que é da triste alegria que sempre choravas
que é da melancolia com que me alegravas
que é do relógio que tu sempre adiantavas
que é da pressa em que sempre te atrasavas
que é da velha canção que sempre me cantavas
que é feito de ti
feitio de ti
que é feito de nós
feitos de vós
que é da velha paixão por pianos e guitarras
que é do velho sermão logo a seguir às farras
que é da revolução dos gritos e dos cardos
que é da velha noção de espingardas e cravos
que é daquele tempo em que tu acreditavas
que é daquele espaço em que tu não sossegavas
que é da velha canção que sempre me cantavas tu
que é feito de ti
feitio de ti
que é feito de nós
feitos de vós
que é da velha paixão por pianos e guitarras
que é do velho sermão logo a seguir às farras
que é da revolução dos gritos e dos cardos
que é da velha noção de espingardas e cravos
que é daquele tempo em que tu acreditavas
que é daquele espaço em que tu não sossegavas
que é da velha canção que sempre me cantavas tu
que é feito de ti
feitio de ti
que é feito de nós
feitos de vós
Que é da velha canção que sempre me cantavas
que é da velha ilusão que sempre demonstravas
que é do velho presente que sempre trazias
que é da poesia que tu sempre me dizias
que é da utopia que tu sempre realizavas
que é da magia com que sempre me enganavas
que é da velha canção que sempre me cantavas tu
que é feito de ti