Cantor e compositor cearense, nascido na cidade de Pereiro, que apareceu no começo dos anos 90, com releituras satíricas da música brega em espetáculos que primavam pela teatralidade. Seu primeiro disco, “Bonito, Lindo e Joiado” (1992), lançado de maneira independente (e depois relançado pela BMG Ariola), chamou a atenção do público do Sudeste com “I´m Not Dog No”, versão em inglês macarrônico de “Eu Não Sou Cachorro Não”, sucesso do ícone brega Waldick Soriano.
No disco seguinte, “O Dinheiro Não é Tudo, Mas é 100%” (1994), Falcão voltaria à receita com “Black People Car” (versão idem de “Fuscão Preto”, popularizada na voz de Almir Rogério) e se notabilizaria com composições do tipo “Onde Houver Fé, Que eu Leve a Dúvida” e “As Bonitas que Me Perdoem, Mas a Feiúra é de Lascar”.
Já conhecido de boa parte do público por sua singular figura (um sujeito com 1,90 m de altura vestido com roupas de cores berrantes, em combinações esdrúxulas), ele teve seu primeiro grande sucesso, “Hollyday Foi Muito”, em seu terceiro disco, “A Besteira é a Base da Sabedoria” (1995).
Em seguida, lançou “A Um Passo da MPB” (1997, do sucesso “I Love You Tonight”) e “Quanto pior, Melhor” (1998, em que regravou “Tu És O MDC da Minha Vida”, bem-humorada incursão de Raul Seixas e Paulo Coelho na seara do brega) e “500 Anos de Chifre” (1999, disco-tributo aos grandes mestres do gênero, como Alípio Martins, de “Lá Vai Ele”).
Após cinco anos sem lançar nenhum CD, fazendo apenas shows pelo Brasil e algumas aparições em rádios e TVs, o mega-brega Falcão voltou aos estúdios e lançou, em 2005, o álbum W HAT’S PORRA IS THIS. Assim mesmo, tudo em maiúsculas, para não deixar dúvidas sobre o título. Como o próprio cantor diz, é uma obra para surpreender o “fã apaixonado ou o ouvinte incauto sobre a sua categoria, falta de pudor ou sinceridade estética”.