Amar é partilhar, foda-se essas conversa
Inventaram essa porra, pra tirar o que nos resta
É só festa na casa do doutor
Do pastor, do político, empresário, salafrário, traidor
Falta amor, sobra dor, entre nós também
Robin hood, hood robins
Descontentes com o que tem
Cor em árvores, que não produzem frutos

Vivem em meio as frutíferas, compartilhando os lucros
Ta escrito no livro pra doar os 10%
Mas o lance é comigo de 90 o lamento
Não será abençoado se os 90 não dar
Amaldiçoado és se 10% entregar
''Moça do caixa, o vovô é analfabeto

Entrega tudo o dinheiro pra esse aqui meu neto''
E é esperto, que se foda o afeto
Foi mesmo mais um salário, nas biqueira ali de perto
Já não são meias as verdades, meias da corrupção
Onde tem meia e cueca, nada breca essas mãos
Mensalão, petrolão, vish...
Se eu vou falar, esse som vai ter que ser
20 Finito pra eu cantar

Robin hood, hood robins
Robin hood, hood robins
Enquanto um rouba um rico, vários rico rouba um pobre
Robin hood, hood robins
Robin hood, hood robins
Literatura atual real, lê quem pode

Seu doutor jamais vai usar
Dedo de silicone, consultório particular
Anestesiou geral, cráu!
Com 1300 anos de prisão, abdelmassih
E se fosse no sus e presos, jamais
Acho que nesses estupros
Devem ter umas globais, aliás shhhhhhhh
Não vão queimar sua imagem
Segredo de justiça, ou furo de reportagem
O pretinho tem o perfil de o tipo

Do filho do rico
Que tá podre por dentro
Prepara o corpo clínico!
Pra família desenganada
Após sofrer um atentado
Finado pobre coitado
De algodão foi recheado
Vamos doar...
Programas de caridade

Mais do que foi doado
Não vai chegar a metade
É verdade, uma outra parte vai chegar
Mais vai mais pra quem já tem
O dobro pra gastar
E a militar...
Melhor deixar pra lá
Se não vão carregar de multa
O meu carro pra eu pagar
Na moral geral entende né?
Polícia ou milícia
Fazem parte da mesma fé

Robin hood, hood robins
Robin hood, hood robins
Enquanto um rouba um rico, vários rico rouba um pobre
Robin hood, hood robins
Robin hood, hood robins
Literatura atual real, lê quem pode
É um assalto, infração roubando o povo

Vai, olha pra baixo, nem olha pro imposto
E lança pros empresários, uma casa zerada
Invés de tirar de quem tem
Tira de quem não tem nada
Promessa cumprida, pobre acaba de ganhar
Uma ponte, uma caixa de papelão pra morar
Vítima dos gananciosos que sem dó atacam mesmo
Aplicam golpes, nos humildes indefesos
Levam coisas importantes, que ainda não temos

Não levam nosso relógio, mas sim o nosso tempo
Acordou bem cedo, trabalhou tanto que esgotou
No pagamento, recebeu menos que trampo
Tem um monte de cara limpa
Roubando vocês não enxergam?
Ai, ricando em cima dos pano
Em cima da favela
Mais um dia a casa cai, junto com o seu prédio

E com os grito da multidão com frase nossa no protesto
Alienados comovidos, vidrados na tv
Emocionados, chorando, espantado com o que vê
A garantia de vida dos rico é a vida dos pobre
Triste vira audiência e sofrimento aumenta o ibope

Robin hood, hood robins
Robin hood, hood robins
Enquanto um rouba um rico, vários rico rouba um pobre
Robin hood, hood robins
Robin hood, hood robins
Literatura atual real, lê quem pode

Composição: Facção 288