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Á Lua

Fabulla

Ela surge.
Calada como se quisesse apenas observar.
Percebe que é amada,
por todos admirada,
apenas a obervar.
Densa como a neve que cai
sobre o meu coração.
És fria, incandescente.
Muda, insolente.
Tenha pena do meu penar.
Estática, ela vê tudo ao seu redor.
Reflete a luz do dia.
Opaca, quem diria, em seu interior.
Ela se vai para amanhã voltar.
Para a neve cair.
Para o tempo parar.
Para que eu sinta sobre sí,
a dor, te amar
densa como a neve que cai
sobre o meu coração.
Fria, incandescente.
Muda, insolente.
Tenha pena do meu penar.






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