Deus me entregou bem mais do que mereço
Talvez seja por isso
Que eu me cobre um pouco mais
Não que eu não seja capaz
Mas, às vezes é difícil
Nem sempre sei fazer o bem que eu desejo
E, às vezes, eu me vejo
Me enganando sempre mais
Não que eu não queira acertar
Mas nem sempre é possivel
Já me condeno tanto
Pelos erros que na vida cometi
Pelas vezes que eu não soube decidir
E assim, meu coração gritava
Desespero de quem ama
Coração, tu que estás dentro em meu peito
Me condenas desse jeito
E eu não sei por qual motivo
Se és divina voz em mim
Só te peço, por favor, eu sou humano
Não me condenes assim
Humano eu sou assim: virtudes e limites
Se agora me permites
Eu pretendo ser feliz
Sem prender-me ao que não fiz
Mas olhando o que é possivel
A dor que, às vezes, vem
Me faz feliz também
Pois nela me recordo
O valor que tem a cruz
Quando a noite esconde a luz
Deus acende as estrelas!