A estrada que me leva é real.
O destino que me espera, também.
Cumpro a sina de carregar, sobre os ombros,
o peso das palavras, que aliviam o mundo.
Tal qual herói que estabelece uma cruzada,
para recuperar um antigo valor sacramental.
Sigo, a seguir, a inconclusão das rotas,
insistindo em retirar a vida da mira do tempo
e descobrindo a arte de reconciliar os contrários,
porque, em Minas, o sagrado não se opõe ao profano,
mas perpassa-o, transforma-o e plenifica-o.
No canto das lavadeiras, Magnificat proferido pela
Virgem Maria se atualiza.
E, nas cordas das violas apaixonadas,
Deus dedilha os seus acordes eternizados.
Em Minas, tudo é dom;
tudo tem um tom
e tudo nos fala de amor.
No mínimo de Minas,
há um máximo de Brasil.