Minha vida necessita de reparos claros
Enquanto pensamento
Em errar os fatos que acontecem em claro
Passando a noite em claro, sigo meu faro
Pra ir a caça do que eu quero
Respiro vida e espero sentimento sincero
Passaram tempos, os tempos aqui chegaram pessoas
Envelheceram, morreram, tantos ficaram para trás!
Nessa história que não para
Na mira da bala que vai
Com o assunto que cai, bem tudo que nunca se cala!
A vida insana me pede pra dar uma bola, no jogo entro de sola
Fulano que não te enrola!
Enquanto eu vou seguindo com os coelhos na cartola
As cartas dentro da manga
Corpo falso não me amola, só atola
Seu próprio ego, no seu próprio medo
Não se cala apenas fala merda pelos cotovelos
Selva de pedra não tem só tragédia então me inclua
E se é selva mesmo, nós faz safári pela rua!
E tanto faz se você pensa que
Nada ganho na minha vida frequentando isso aqui
Porque quero evoluir!
Fugir do que o errado me oferece
Nós cresce, desce, não esquece do que fez pra chegar aqui
"Onde se faz se paga" - Esse é o porquê do que perdi
Igualo o passo, passando tudo que vem
E pense muitas vezes antes de falar do que vivi
Nesse safári, tipo jogo de Atari
Não deixo que a rima para, viu o sinal, dispare
Aqui não é Hopi Hari, ouve os versos de um rastafari
Tacando fire na Babylon!
Me inspirei, parei, respirei e fiz esse som!
Onipotência divina, minha persistência me ensina
Sem desistência na rima
Freestyle eu mando é na esquina!
Se vier de bico eu vou de quina, derruba falsa é minha sina!
Frustrado fala mais não assina
Envolto em meio à neblina
Mas revolto um gole dessa estriquinina
Sorte que tenho minha mina, saudade da minha mãe!
Minha bela, doce e amada Nina
Que me protege, guia olha lá de cima e me ilumina!
Longe da cobiça, trairagem, preguiça que se dissemina
Caguetagem, pilantragem que enguiça e contamina!
Mantenho meu pensamento na missão
No foco me empenho
no meu sentimento, sensação não troco!
Sem arrependimento, correndo contra o vento
Vendo o futuro batendo na minha porta!
Dificilmente chove dinheiro na minha horta!
Tranquilamente, seguindo minha composição
Com a mesma disposição de dez anos atrás!
Porém eu sinto mais sagrado na missão
Mete o pé na fé, dá-lhe o gás sangue-bom!
Nem se preocupe em olhar pra trás Jão
Se liberta dessa Alcatraz, irmão!
Os sonhos voltam, mesmo que mantenha seus pés no chão!
Eu não devo, eu não nego, se escrevo, espero
Acredito que esses tempos vão passar!
E escrevo, me entrego, no mundo moderno
Com esperança que esse dia vai chegar!
Eu não devo, eu não nego, se escrevo, espero
Acredito que esses tempos vão passar!
Me entrego no verso, me estresso, tropeço
Mas não economizo força pra levantar!
Eu pego mic que sai som!
Tipo Mike Tyson!
Vai que vai, que tá bom!
Rapaz que traz o dom!
Capaz, de mudar a vida
Devido a uma série de fatores
E pra quem duvida
É a vida, ao vivo e a cores!
Alguns só enxergam os defeitos
É comum, desprezam os valores
Só que ninguém é perfeito
Mas eu não guardo os rancores
Recordações, emoções, de tempos anteriores!
Movendo ações, sem cifrões, longe dos impostores!
O ataque é verbal, original
Legítimo, um arsenal de rima que acompanha o ritmo
Dessa batida, que traz a calma pra alma, relax!
Perfeita como o universo, mais rápida que Sedex!
Na selva, nosso safári, me leva pra alguns lugares
E eleva meus pensamentos, navega pelos mares
Carrega meus sentimentos, o que tem dentro é o que vale
Não basta só ter talento, sigo fazendo safári
Eu não devo, eu não nego, se escrevo, espero
Acredito que esses tempos vão passar!
E escrevo, me entrego, no mundo moderno
Com esperança que esse dia vai chegar!
Eu não devo, eu não nego, se escrevo, espero
Acredito que esses tempos vão passar!
Me entrego no verso, me estresso, tropeço
Mas não economizo força pra levantar!
Me deparo com a folha em branco
De vez em quando no trampo
Faz surgir verso do pranto e sequela causando espanto!
Zé ruela deixa de canto, canto conforme o compasso
Confrontando o meu cansaço, espaço aqui já tá escasso
Na folha, mais nenhum pedaço, traço linha após linha
Versos que contém a minha trajetória
Cada passo fortalece, mesmo o corpo exercitando no cansaço
Quem luta de punho erguido não conhece o fracasso!
Fraco forjando fartura, geralmente gira grana
Foco com força e gana, a altura de quem nos engana
Humilde é presa fácil, preso nesse ecossistema
Tendência de virar fóssil, tenso, tendo seus dilemas!
Essa é pra quem me critica e me tira pra otário!
Não aceito mentira, me inspira pra briga
Mas a vida ensina o contrário!
Papel e caneta, minha arma é na letra, caneta tipo dicionário
Metralhando rima, passando por cima
Honrando a camisa, fiel pra caralho!
Me manda um sincero, falando o que eu quero
Prefiro ficar na minha!
A gente caminha na linha do trilho, correndo perigo
Buscando um atalho!
No verso, rima, metralho! O Rap no sangue, por isso batalho!
Com fé no meu bang com muito trabalho!
O amante do Rap conhece o atalho
Pra desenvolver o meu talento, não falho!
Liberto minha alma, com calma e bem tranquilo
Descanso minha mente de frente de um paraíso
Imbituba minha cidade, aqui me localizo
Anos se passam e o Rap aqui ainda tá vivo!
Eu não devo, eu não nego, se escrevo, espero
Acredito que esses tempos vão passar!
E escrevo, me entrego, no mundo moderno
Com esperança que esse dia vai chegar!
Eu não devo, eu não nego, se escrevo, espero
Acredito que esses tempos vão passar
Composição: Bernardo Saíbe