Ser um cidadão
Uma pessoa entre aspas
Em meio a destruição
Em meio a tantas desgraças
Ter de comer o pão
Onde o diabo deixou suas marcas
E ver na televisão
Aquilo que não me agrada
Chorar por não te ter
Me alegrar por não te ouvir
Distante não posso ver
O valor de existir
Ao meu corpo está a dor
De perde-lo e vê-lo acabar
Posso não ser um vencedor
Mas sou isso por não te odiar
Cartas lançadas, sorte revés
Hesitar por não te amar
De joelhos aos seus pés
Cartas lançadas, a sorte voltou
Hesitar em te deixar
Aquele tempo já passou
Não há erro em me humilhar
Não há como voltar