Do homem africano ressaltamos o valor
Nestas páginas marcantes
Que o "Em Cima do Hora" desfolhou
Que apresentamos neste carnaval
O ouro escravo
No tempo do Brasil colonial
Brilha nos anais desta história
Solto no campo, na serra ou junto ao mar
Ao índio bronzeado não puderam escravizar
Enquanto o negro era martirizado
Na escavação do ouro trabalhando sem cessar
A toda crueldade resistia
Oh! quanto o negro sofria
A exploração era geral
Na mineração e também no vegetal
O pau-brasil
De um século para outro sumiu
Transformado em anilina enriquecendo o tecido
Que o colo de ricas damas cobriu
(Breque!)
E as montanhas de esmeraldas
E as pepitas brilhantes
Aumentavam as ilusões dos aventureiros bandeirantes
E o negro trabalhava
(Breque!)
Nesta terra importante
Tratava da plantação
Na lavoura verdejante
Ô ô ô lara, lara, lara, ra, ra, ra,
Só o homem africano era braço produtor
Que mais tarde a Lei Áurea libertou