Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
Canta um verso, cantador
Canta um verso
Canta um verso de amor
Canta um verso, cantador
Canta um verso
Canta um verso de amor
Não namoro teus cabelos
Nem o brinco das oreia
Namoro teu lindo zóio
Debaixo da sobranceia
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
No trejeito da cordeona
As siá donas temporonas
No compasso das choronas
Procurando um folgazão
As miradas de queixumes
Jujos desfiando perfumes
Pescada de vagalumes
Braseiros no coração
Canta um verso, cantador
Canta um verso
Canta um verso de amor
Canta um verso, cantador
Canta um verso
Canta um verso de amor
Eu te miro, tu me bombeia
Só neste chove não móia
Se tu não quer adoçar minha vida
Ó mel de abeia
Então por quê que tu me óia?
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
Com manhas de rodilhudos
Um xirú carca o garrão
Corta a marca aposta tudo
E se perde nas relação
Canta um verso, cantador
Canta um verso
Canta um verso de amor
Canta um verso, cantador
Canta um verso
Canta um verso de amor
Quando eu canto
Eu me alembro
Da estância dos ocalitro
Não bebo leite de cabra
Só de nojo do cabrito
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
Num fandango de campanha
Entre canha e cantoria
Na roda o povo se assanha
Para os versos de aporfia
Canta um verso cantador
Canta um verso
Quem sabe encontramos um par
Canta um verso cantador
Canta um verso
Vale a pena cantar
Canta um verso cantador
Canta um verso
Quem sabe encontramos um par
Canta um verso cantador
Canta um verso
Vale a pena cantar