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a Rosa Ausente

Elipê

Não mais, não ter
O rosto de menina
Uma dor, um mês

Eu me ceguei
No vulcão amargo da insensatez

Achei um retrato seu de uns dois anos atrás todo decorado
Lembrei que nunca mais, por tanto mais que eu queira
Só me resta a mortalha e nem o pó

De lembrar do punhal, da dor, do cheiro
Dos seus olhos em mim
Uma estrela que no céu se ofuscava
Em meus braços o seu corpo seco, jovem, se afundava de vez

Meu verso é teu
É tão amargo e quente
Me morrer assim

Quebrei o véu
Vinho na parede
Pranto em meu bordel

Sua morte me nasceu
Brotando o desespero só por causa de uma falha

Alguém perguntará em que estou pensando,
Sorrirei sem dizer que em você

De lembrar do punhal, da dor, do cheiro
Dos seus olhos em mim
Uma estrela que no céu se ofuscava
Em meus braços o seu corpo seco, jovem, se afundava de vez

É sempre assim quando o ausente
Você não se despediu de mim
Partiu sem olhar para trás






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