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Espelhos

Eduardo Toledo

Espelhos são o outro lado da alma
Esquerda fica a direita
E ninguém se acalma
O rosto aparece e ao mesmo tempo foge
Nas teias que a gente tece
Pra explicar o que deve e o que pode

Se o seu olhar olha o meu
Não sabemos o que olhamos
Na visão direta e imprecisa
Do nosso calor (furor) humano

Vamos amar sem espelhos
Vamos amar sem cristais
Vamos estilhaçando
Felizes como animais






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