Eduardo Agni, apontado pela crítica como o mais inovador instrumentista do cenário atual da música instrumental brasileira, é violonista e compositor. Eduardo desenvolveu uma técnica violonística própria que consiste em percutir as cordas na região do braço do instrumento usando os dedos de ambas as mãos. Além da originalidade de suas composições, o que logo chama a atenção é a sonoridade de seu violão.
Agni é um adepto da técnica da dupla digitação, popularizada pelo norte-americano Stanley Jordan nos anos 80. Em vez de tocar violão da maneira convencional, Agni prefere percutir as cordas na região do braço do instrumento, utilizando os dedos das duas mãos, simultaneamente.
Deste modo, em composições como Borum e Brilho, ele consegue superposições de acordes impossíveis de alcançar com a técnica tradicional. Em outras faixas, como Um Outro Silêncio II, produz outras sonoridades, tangendo as cordas com um arco de violino ou uma vareta.
Destaque para as belas Inner Space, Gaia Om a brasileirada Paisagem de Minas, o dedilhado bem bacana de Walking Without Fear e o faixa que dá nome ao disco Kronos, tudo acompanhado da percusão e do violino magnifico de Chandra Lacombe e Leonardo Jeszensky.
A primeira reação de quem ouve o violonista Eduardo Agni é procurar com os olhos o resto da banda no palco. Não é para menos. Agni produz sozinho tantos e diversos sons que é difícil creditá-los a um único violão.
Agni se vale da técnica two-hands, popularizada na guitarra pelo americano Stanley Jordan, fixando as notas no braço do instrumento com a ponta dos dedos de ambas as mãos.
O violão de Agni é assim pura percussão. No CD Oriki (gravadora Trama) Agni faz um trabalho de música experimental com aquários, vasos, canos e outros objetos.