Ednardo
Toda vez que eu saco um blues
E o atiro contra o azul do teu coração
Flor do mato a tua boca soletrando a minha boca
Eu me amo e tu te amas
E num sub-blues-urbano
Solitário numa calçada de uma rua periférica
Na parede eu escrevo, uma frase, um relevo
Sabor sangue-canção
E nossos corpos celestes costuram amor
No tecido da noite
Inventando a luz da melodia
Que esse samba-canção irradia