É o pau
É a pedra atirada
De mau jeito na testa
É peso é quente
É a miséria encostada
Na canção depravada
Do refrão perpetido
Que a paz nunca existiu
Daqui eu posso ver o mar
Que agarra arranca e tira tudo do lugar
Lambendo as pernas da cidade pelos cantos
E fazendo teimosa nas bocas, ruas e marginais
A onça é grande e a vara é curta
O bairro inerte explode e risca o céu com fogo
E céu e punho sigo louco desenhando o mundo afoito
Mexendo na casa de marimbondo
Estrondo, tropeço, o tombo
Depois do desgosto danado
Da agonia aguda
Da degola do mundo
Daqui eu posso ver o mar
Que agarra arranca e tira tudo do lugar
Lambendo as pernas da cidade pelos cantos
E fazendo teimosa nas bocas, ruas e marginais
A onça é grande e a vara é curta
O bairro inerte explode e risca o céu com fogo
E céu e punho sigo louco desenhando o mundo afoito
Mexendo na casa de marimbondo