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Biografia de Durval Ferreira

Durval Ferreira (Durval Inácio Ferreira), arranjador, instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro em 26/1/1935, e faleceu na mesma cidade em 17/6/2007. Começou a aprender violão com a mãe, que tocava bandolim, e desde então interessou-se por música, estudando sozinho. Mais tarde se aperfeiçoaria no contato com músicos como João Donato, Luís Eça, Johnny Alf, Cannonball Adderley, Herbie Mann, Tom Jobim e outros.

Em 1958 fez sua primeira composição, Sambop (com Maurício Einhorn) gravada dois anos depois por Claudete Soares no LP Nova geração em ritmo de samba (Copacabana). Em 1959 apresentou-se pela primeira vez em público no festival de bossa nova realizado no Liceu Franco-Brasileiro, do Rio de Janeiro, e em seguida em espetáculo da Faculdade de Arquitetura; nessa época, organizou seu primeiro conjunto e acompanhou a cantora Leny Andrade.

Em 1962 integrou o conjunto de Ed Lincoln e, como guitarrista, tocou no Sexteto Bossa Rio, de Sérgio Mendes, durante o Festival de Bossa Nova, do Carnegie Hall, de Nova Iorque, EUA. Três anos depois foi violonista do conjunto Tamba Trio em gravações, participando ainda do conjunto Os Gatos, com o qual gravou o LP Aquele som dos Gatos (Philips), e, em 1966, Os Gatos (Philips),incluindo sua composição E nada mais (com Lula Freire).

Compôs a trilha sonora de Estranho triângulo, direção de Pedro Camargo, e participou, em 1968, do III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com a música Rua d'Aurora (com Fátima Gaspar e Tibério Gaspar). Tem inúmeras composições gravadas por artistas brasileiros e norte-americanos, destacando-se Batida diferente (com Maurício Einhorn), gravada por Roberto Menescal e seu Conjunto, na Elenco, pelo Tamba Trio, na Philips, e com várias outras gravações no Brasil e exterior.

Tristeza de nós dois (com Maurício Einhorn e Bebeto), gravada em 1962 pelo conjunto de Sérgio Mendes e também com inúmeras gravações: Estamos aí (com Maurício Einhorn e Regina Werneck), 1963, gravada por Leny Andrade, na Odeon; Nuvem, com o mesmo parceiro, gravada pelo conjunto Os Gatos, de Eumir Deodato, na Philips.

Sua composição com Maurício Einhorn e Hélio Mateus, Avião, foi uma das últimas gravações do cantor Agostinho dos Santos, antes de sua morte em acidente aéreo. Participou, como jurado, do III e IV FIC, produziu as vinhetas da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, sozinho (FM) e em parceria com Orlandivo (AM). Foi diretor artístico da CID.