Falado:

O homem nasce no mundo vai crescendo e fica moço
Com um chapéu na cabeça e um lenço no pescoço
Vai seguindo seu destino pelo dom que Deus lhe deu
Eu quis ser um boiadeiro, foi isso que aconteceu.

Eu sou filho da caboclo já toquei muita boiada
Viajei de norte a sul, eu nunca tive parada
Hoje não viajo mais, já morreu meu alazão
Retornei à minha terra, voltei para meu sertão.

Cantando:

Olha o fogo na serra, olha o fogo lá
Boiadeiro trazendo a boiada pra cá.

Ciriema piou fino pro lado do boqueirão
Eu senti muita saudade que sou eu meu coração
Saudade da minha terra dos meus pais e meus irmãos.

Quando eu vejo uma boiada descendo pro baixadão
Meus olhos ficam chorando eu sinto desilusão
É prenuncio da seca que chegou no meu sertão.

Sabia piou tristonho magoou meu coração
As lagrimas dos meus olhos, escorreu pingou no chão
Saudade que mata a gente, não me mate agora não...