Aparecida Martins Batista - Franca, SP - 1940 e Irene Lopes - Franca, SP - 1941. A dupla iniciou carreira em 1959. Em 1960, passou a cantar na Rádio Nacional, no programa “Alvorada cabocla”. Em setembro do mesmo ano, gravou seu primeiro disco, contendo a canção rancheira “Não beba mais não”, de Jeca Mineiro e Orlandinho, e o bolero “Mais uma lição”, de Nonô Basílio. Acompanhada do sanfoneiro Orlandinho, a dupla passou a cantar em diversas rádios paulistas, tendo participado de programas na Nacional, na América, na Bandeirantes e na Piratininga.
Em maio de 1961, lançou o segundo disco contendo a huapango “Pecado de amor”, de Nízio e Piraci e o bolero “Sonhando contigo”, de Junquinha, Junqueira e Paulo Jorge. No mesmo ano, gravou seu maior sucesso, a guarânia “Colcha de retalhos”, de Raul Torres. Pela mesma época, iniciou uma excursão ao Nordeste do Brasil levando a música sertaneja, onde, até então, somente predominavam o frevo e o forró. Apresentou-se na Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Ceará. Em janeiro de 1962, lançou o bolero “Beijos proibidos”, de Raimundo Teles e Antônio Mendes, e o ras
queado “Indiazinha”, de Paulo Borges e Doralice Ferreira.
Ainda em 1962, lançou o rasqueado “Não bebas mais”, de Nízio e Piraci. Em 1963, gravou dois de seus maiores sucessos, o rasqueado “Oh! Ciriema”, de Mário Zan e Nhô Pai e “Bebida não mata saudades”, canção rancheira de Benedito Seviero e Luiz de Castro. Lançou, também, com grande sucesso, inclusive em Assunção, Paraguai, “Lencinho de nhanduti”, de Piraci e Nhô Fio. Em 1964, a dupla fez temporada no país vizinho. De lá trouxe a composição “Saudade”, uma guarânia do escritor e embaixador Mário Palmeiro. A dupla se afastou da vida artística um pouco depois.
Em 1972, gravou de Serrinha e Athos Campos, “Chitãozinho e Xororó”, retornando à vida artística. Gravou também “Como era bom aquele tempo”, de César e Cirus, “Rogo ao senhor”, de J. K. Filho e Miguel da Portela e “Hei de vencer”, de Capitão Furtado e Juvenal Fernandes. Em 1973, lançou novo LP, onde gravou “Saudade”, guarânia de Mário Palmeiro, até então inédita. Gravou também “Mensagem de esperança”, de Capitão Furtado e João Pacífico, que se tornou tema de uma novela do Capitão Furtado com o mesmo nome. Regravou também “Não beba mais não”, de Jeca Mineiro e Orlandinho, a primeira gravação e sucesso do duo.
Em 1975, gravou LP pela Copacabana em que se destacaram, entre outras, “Onde tu irás sem mim”, de J. K. Filho e Zito Berdinato e “Vivo chorando”, de Everaldo Ferraz e Silvia Boanato. Em 1978 gravou “Mensagem de esperança”, de Ariovaldo Pires e joão Pacífico. O Duo Ciriema deixou a vida artística em fins dos anos 1970. Em 1994 a BMG relançou “Não beba mais não”, no CD “Acervo especial sertanejo”. Em 1996 a BMG relançou “Mais uma lição” e “Colcha de retalhos” no CD “Meio século de música sertaneja - volume 2”.