A banda sueca, Draconian teve seu início em 1994 quando Johan Ericson (bateria e vocais), Andy Hindenäs (guitarra) e Jesper Stolpe (baixo e vocais) se juntaram com o Kerberos, um conjunto de metal de Heavy/Death melódico com influências de Black Metal. Após sete meses, o vocalista e poeta, Anders Jacobsson entra na banda e mudam o nome para Draconian.
Nos meses posteriores, a banda trabalha exaustivamente para fazer sua primeira gravação demo, o que ocorre em outubro de 1995, no Estúdio Källgren. Uma semana depois a banda faz seu primeiro ao vivo.
Em fevereiro de 1996, com a ajuda de Jessica Eriksson (flauta e vocais), Susanne Arvidsson (vocais e teclado), Andreas Haag e Magnus "Bergis" Bergström, a demo ao vivo é tornada pública. A demo intitulada Shades of a Lost Moon, recebe excelentes críticas, aguçando comentário sobre a que rótulo enquadrar a banda.
Em janeiro de 1997, o Draconian grava sua segunda demo, In Glorious Victory, a qual não chega a ser liberada para o público, em razão de seu imenso tamanho.
Logo após, o tecladista Andreas Karlsson é incorporado à banda e começam a criação de novos materiais.
Em agosto de 1999, a banda volta ao estúdio para gravar sua terceira demo, The Closed Eye of Paradise, um álbum com um tema místico e dark, falando sobre a eterna batalha entre Lúcifer e os anjos caídos, contra a verdadeira face de Deus. A produção ficou péssima, bem longe da qualidade do Draconian. Assim, a banda optou por melhorar a demo antes de seu lançamento, entre os meses de maio e junho. Melodias novas foram adicionadas, assim como efeitos que tinham sido omitidos erroneamente no estúdio. O esforço valeu a pena, e a demonstração foi liberada finalmente.
A banda, aos poucos, foi mudando seu estilo de fazer música, tornando seu som mais lento, mais obscuro e doom. Já nesse novo rumo, eles gravam o promo Frozen Features, disponibilizado tanto pela internet, quanto em formato de CD. Logo após esta gravação, o baterista Andy Hindenäs sai da banda e em seu lugar entra Jerry Torstensson.
No verão de 2002 é gravada uma demo final, que sacramentaria o Draconian, como uma das grandes promessas do cenário metal. A demo Dark Oceans We Cry recebe excelentes críticas e rende à banda um contrato com a gravadora Napalm Records.
Em julho de 2003 a banda, grava seu álbum de debute, Where Lovers Mourn, depois de quase uma década de vida. O álbum possui aquela levada típica das bandas de gothic/doom metal, com uma sonoridade bem arrastada, pesada e atmosférica, contando com os vocais rasgados de Anders Jacobsson em contraste com a voz lírica de Lisa Johansson. Os destaques ficam para a faixa inicial, The Cry of Silence, com seus mais de 12 minutos do típico e bem trabalhado, Doom Metal e The Amaranth, uma composição empolgante. Outro bom resultado é obtido em It Grieves my Heart, por sua versatilidade e mudanças de andamento.
Logo em seguida, a banda sai em turnê para divulgação do álbum. Sem demora, entram em estúdio novamente, logo após a turnê, para a gravação de seu segundo álbum. As gravações são finalizadas no final de 2004 e a banda lança em janeiro de 2005 o álbum Arcane Rain Fell. O trabalho traz algumas mudanças em relação ao primeiro trabalho, mas mantém a boa qualidade, sendo bastante elogiado pela imprensa européia e norte-americana. Em faixas como Apostasy Canticle, a banda mostra toda sua energia com um ritmo Death imposto pelas guitarras e bateria.
Há mais diferenciais, como a variação de Anders nos vocais masculinos, ora cantando em tom limpo e grave, com boa dose de melancolia, ora simplesmente fazendo uma hipnótica narração, como em Expostulation. O destaque maior fica por conta de The Abhorrent Rays, com uma contagiante melodia, notadamente Dark, além de ser a faixa onde fica mais evidente o talento do vocalista Anders. No restante do álbum, a aparição de Lisa é bem pequena, só ocorrendo nos momentos certos, o que acaba sendo a grande sacada neste álbum.
Meses depois, Daniel Arvidsson entra no lugar no guitarrista Magnus Bergström e no começo de 2006 é a vez do baixista Jesper Stolpe, deixar a banda em razão do nascimento de seu filho. Em seu lugar entra o habilidoso baixista Fredrik Johansson.
Em setembro de 2006 a banda lança o álbum The Burning Halo, mais um sucesso absoluto! As três faixas inéditas deste novo trabalho, conseguem de forma ímpar criar um ambiente soturno, depressivo e melancólico através de riffs poderosos e arrastados, uma seção rítmica coesa e intrincada, teclados etéreos e uma já consagrada dualidade vocal entre gutural de Anders e o angelical de Lisa. A banda também brinda os fãs, com a regravação das três faixas da demo de 1999, The Closed Eyes of Paradise, numa interessante visão do passado da banda, e duas versões: One Day They Will Kill The World do Ekseption e Forever My Queen do Pentagram.
Em setembro de 2007 a banda volta aos estúdios para a iniciar a gravação de seu quarto álbum. Turning Season Within foi produzido por Jens Bogren e David Castillo, gravado no Fascination Street Studios e lançado em fevereiro de 2008. O álbum traz nove faixas e mantém a linha sonora dos discos anteriores: pulsação lenta e arranjos pesados (característicos do Doom Metal) mesclado com teclados atmosféricos, vocais guturais e vocais femininos. Turning Season Within é um trabalho que mantém a conhecida qualidade do Draconian e agradou imediatamente a crítica especializada e os ouvintes mais exigentes.
Uma carreira longa baseada na qualidade e sofisticação. Assim pode ser resumida a tragetória musical do Draconian; que, salvo alguma catástrofe, conduzirá em breve a ascensão dos suecos ao trono do Doom Metal mundial.