O Djambê do Cerrado é uma banda da nova musica popular brasileira, que mistura os elementos clássicos do estilo, como a sonoridade e a mistura dos ritmos regionais brasileiros, com influências extremamente modernas que emergem no cenário musical atual, tal como o groove do Hip Hop, a força do Rock, a textura do eletrônico e a levada alegre do Pop.
As canções têm forte apelo melódico e poético, cantando os dilemas da atual sociedade de uma forma tão envolvente quanto questionadora.
Sendo, sobretudo, orientada por uma força rítmica e percussiva, a banda tem como base forte uma “cozinha” não convencional, incrementada por elementos de sonoridades urbanas, como latas, extintores e outros timbres industriais, junto de elementos da percussão afro-brasileira.
As linhas de baixo pulsantes deixam a tarefa de ficar parado extremamente difícil para aqueles que assistem a uma apresentação da banda. E é junto de guitarras inquietas e cheias de efeito que os ritmos regionais renascem sob um novo olhar, cantados ora com a beleza e harmonia da MPB, ora com a força apelativa dos lamentos e do Rock.
As letras abordam questionamentos de uma forma construtiva e esperançosa, mas não deixam de estampar os problemas com letras garrafais.
Nas performances ao vivo a banda parece ganhar um novo combustível incendiado pela forte interação com o público.
A liderança conduzida pelo personagem assumido pelas vozes e movimentos de Emílio e a energia forte vinda da interação do ritmo produzido, pelas baterias e baixos de Bruno e Rodrigo, com a força das guitarras de Thales, transformam as apresentações em um espetáculo interativo, onde o inconsciente é sacudido, sem nunca perder a alegria de ali se estar.
A banda já tem uma canção na boca de muita gente, que é “Ascenção”, e‘’pra subir ao céu, vão-se escalando as gotas’’, uma a uma, sem perder o que cada uma delas pode oferecer em troca de muito trabalho, humildade e talento, que ali não falta.