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Pout-purri De Cururu

Divino E Donizete

Mundo velho está perdido
Já não endireita mais
Os filhos de hoje em dia
Já não obedece os pais
É o começo do fim
Já estou vendo sinais
Metade da mocidade
Estão virando marginais
É um bando de serpente
Os mocinhos vão na frente
As mocinhas vão atrás...

Onde é que nós estamos
Oh meu Deus tem dó da gente,
Mundo velho já deu flor
Carunchou toda a semente,
Virou um rolo de cobra
Serpente engole serpente,
Quem vive lesando a Pátria
Dando pulo de contente
E o pobre trabalhador
É o escravo na corrente.

Boiadeiro de palavra
Que nasceu lá no sertão
Não pensava em casamento
Por gostar da profissão
Mas ele caiu no laço
De uma rosa em botão
Morena cor de canela
Cabelos cor de carvão
Desses cabelos compridos
Quase esbarrava no chão
E pra encurtar a história
Era filha do patrão.

Domingo de tardezinha
eu estava mesmo à toa
Convidei meus companheiros
Prá ir pescar na lagoa
Levamos rede de lanço, ai, ai,...
Fomos pescar de canoa!
Mandei fazer uma canoa
Fundo preto e barra clara
Dois remo de guarantã
E um varejão de guaiçara
Ai,ai o apoito pesa uma arroba
Jogo na água o bote pára.








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