José das Neves tinha emprego e trabalhava
Era operário grande homem da cidade
Se casou com Mariana e teve filhos
Completando sua maior felicidade
Porem um dia ele teve uma surpresa
Quando o patrão assim pra ele falou
Já está velho pro trabalho e não tem estudo
Aqui na firma tudo informatizou
Eu sinto muito em ter que dar aviso prévio
Mas prometo que o acerto eu lhe dou
Sentiu a dor do vírus do desemprego
Que nessa hora na sua vida chegou.
Esse homem deu a vida enriqueceu o seu patrão
Mas agora a despedida, lhe corrói o coração
Esse homem tem que dar, o que comer para seus filhos
Sem trabalho vai ficar, com um trem fora do trilho.
Procurou em várias firmas novo emprego
Tentou de tudo mas porem foi em vão
Todas as portas se fecharam para ele
Todo dinheiro que ganhou sumiu das mãos
Onde ele mora todo mundo lhe conhece
Não é por mal não é falta de capricho
Hoje vive catando papel na rua
Por causa disso, apelidaram de Zé do lixo
Está morando num barraco de favela,
Foi o meio que arranjou pro seu abrigo
O homem hoje só vale aquilo que tem
Quando não tem perde até os seus amigos.
Esse homem tem história, ele não é nem um bicho
Se constrange por que agora te chamam de zé do lixo
Esse homem tem vergonha, tem moral e tem respeito
O que o mundo fez com ele, isso nunca é direito.
Composição: Divaldir