Meu casarão de tábua tinha um grande terreiro
Ali sempre se reunia uns caboclos violeiro
Meu pai era divertido por ser também catireiro
Digo com sinceridade
A viola traz saudade daquele tempo primeiro
Desde que nasci, comecei a gostar
De modas de viola e das noites de luar
Pra colher nosso café naquelas ruas estreita
Os caboclos espalhavam numa fileira perfeita
A noite havia catira, alguns ficavam na espreita
Hoje moro na cidade
Já perdi a mocidade e nunca mais fiz colheita
Tinha baile no galpão, no terreiro cantoria
A festa avançava a noite até o romper do dia
Todo o povo da colônia unido se divertia
Hoje nada mais existe
A fazenda ficou triste adeus mundo de poesia