Não nasci pra ser sombra
Eu só vim pra ser luz
E nem quero puxar a carroça
Nem seu saco, nem a cruz
Sou passarinho nessa gaiola
Quis ser palhaço, mas fui a piada
Me prometo sair dessa fossa
Tirar das costas três toneladas
Não sou pedra para ser lapidado, não senhor
Já estive bem distante
Muito longe, em outro planeta
E trancado no banheiro
Já bati muita punheta
Pra pessoas tão amadas
Das mais lindas às mais enfeitadas
Porém hoje tô aqui:
Com os olhos abertos e as mãos calejadas
Não sou pedra para ser lapidado, não senhor
Um ventilador gira sobre a minha cabeça
Uma mulher me matou
Uma me fez, outra me fez de besta
Vou virar a página
Mudar de capítulo
Continuar a história
Antes que eu enlouqueça
Não nasci pra ser sombra
Eu só vim pra ser luz
E nem quero puxar a carroça
E nem quero que ninguém me puxe
A liberdade existencialista
Te condena à sua própria estrada
Até quis saber de tudo,
Mas com tudo não sei de nada
Porém, contudo, não sei de nada
Mas com tudo não sei de nada
Porém, contudo, não sei de nada
Composição: Diego de Moraes