Dibob é uma banda de Pop Punk brasileira formada na cidade do Rio de Janeiro em 2003.
Os músicos deixaram de ser parte de uma banda que vendia EPs em lojas de surf e fazia a própria divulgação através da Internet e profissionalizaram-se, gravando seu primeiro disco, “O fantástico mundo”. Com destaque em rádios de todo o país, o Dibob tocou em palcos de grandes festivais, viveu diversas experiências profissionais e, claro, pessoais também. Daí o motivo de tanta inspiração... Três anos depois da estréia discográfica, os músicos, que já não são meninos, aparecem cheios de novas idéias em seu segundo disco, “A ópera do cafajeste”, lançado agora pela Som Livre. Se no primeiro trabalho a banda falava sobre relacionamentos, no segundo eles vão mais longe, contando histórias de um único, porém turbulento romance.
Como o próprio nome diz, “Ópera do cafajeste” é uma ópera rock, ou melhor, um conjunto de músicas ligdas umas às outras que formam uma história, nesse caso, sobre um homem que não quer ser de uma mulher só. O CD reúne 13 faixas, sendo que nove delas compõem o romance, que tem desdobramentos na história em quadrinhos produzida pelo cartunista baiano Flávio Luiz e exposta no encarte. André Fialho, o Dedeco (guitarra e voz) Felipe Campos, o Gêsta (Baixo e Voz), Bernardo Pereira, o Miguel (guitarra e voz), e Pedro Richaid, o Falcon (Bateria) compuseram juntos letras e melodias, que têm base no rock, mas também passeiam pelo pop, pelo reggae e pelo ska.
“Nossas músicas sempre falam do relacionamento entre homem e mulher, Quando começamos a compor para o novo disco, percebemos que tínhamos algumas músicas que podiam virar a história de uma pessoa só”, conta Gêsta.
Recém-separado, um cara se sente despreparado para investir em outras meninas (“Já era”), mas acaba indo à luta ao ouvir o toque dos amigos (“Hino do covarde”). Depois da conquista (“Cadela”), ele percebe que a garota está na dele e resolve dar uma de difícil (“Toco-Bina”). Os amigos dizem que ele vai perder a gata (“Se adianta”) e ele percebe que também está na dela (“Bang bang”). Quando a mocinha da história abre a boca pela primeira vez para dizer que vai se mandar (“Pela madrugada”), ele decide assuma-la, declarando sua paixão (“Lero Lero” e “De repente”).
O que ninguém poderia esperar – e é exatamente o que explica o nome do disco – é que, mesmo apaixonado, o nosso protagonista não descartaria de vez as outras minas. Mas isso só fica claro na décima-primeira música do CD, que não foi feita como parte da ópera rock, mas encaixou-se perfeitamente na história. Gravado seguindo a cartilha de bandas como Raimundos, o forrocore “Emprego novo”, parceria dos músicos do Dibob com MC Fox e MC Mãe que foi gravada com música banda de forró Debodo, mostra o que o “cafajeste” não vai parar de investir em novas conquistas: “Então garçom desce maus uma rodada, que hoje a mulherada ta vindo me entrevistar / Pro emprego novo, melhor do mundo, viver pras..mulé e nunca mais se aposentar”.
“MC Fox e MC Mãe são dois caras que fazem rap com letras sarcásticas e são nossos amigos. A gente curtiu a idéia que o produtor Ricardo Ortega (guitarrista do Pavilhão 9) deu de usarmos essa letra em uma música que misturasse rock com a sanfona, a zabumba e o triângulo da banda Debodo, de São Paulo”, diz Dedeco.
“Sujinho”, uma homenagem dos músicos aos bares que freqüentam, está no repertório. Produzido por Carlos Bartolini, o disco mostra que os músicos trouxeram novas influências para os arranjos. Ora é Miguel que arrisca um solo à la Lulu Santos ora é o Falcon tentando uma pegada no estilo da banda que dá nome ao filme “The Wonders”. Como faixa-bônus, o Dibob oferece versões rock de “Amante Profissional” (eterninzada pelo Herva Doce) e do funk “Nosso sonho”( Claudinho e Buchecha). “Amante Profissional” tem tudo a ver com o tema do disco e foi uma forma de homenagear o produtor do nosso primeiro CD, Marcelo Sussekind, que foi guitarrista do Herva Doce nos anos 80 e ensinou muita coisa para a gente durante as gravações”, delcara Miguel. “Bang Bang” não é a primeira música da banda a fazer parte da trilha sonora de “Malhação”, mas ela entrou lá antes mesmo de o disco “Ópera do cafajeste” ser lançado. “Já era” também está tocando nas rádios. Para não perder o costume, o Dibob disponibiliza a faixa “Vivo par mulé” (com participação de MC Fox e MC Mãe) para download no site oficial da banda (www.dibob.com.br)