Mais um dia que na cama eu deito,
não na minha de casal,
mais sim na de solteiro,
aonde que pela vida inteira
eu gosto, e descanço inteiro
que pelas setas e contra mão
eu também me ajeito

Durmo com dois travesseiros
um entre as pernas quente
e o outro que sente
minha barba cerrada
enquanto eu acalmo
meus dentes


Quando o silêncio reina,
esi que surge a mesma história,
a mesma besteira...
o gato do meu vizinho,
que toda madrugada,
há quatro anos,
tenta comer o papagaio
com uma barulheira do caralho,
mais que fica dentro da gaiola...
o gato burro, e papagaio de sorte...


Acho graça, que meio durmido,
lembro com êxito,
do meu dia bem feito,
dos meus amigos no cesto,
do meu amor e seus medos,
do sol que nasce de todo jeito,
do grande mistério,
e as delícias
de estar estar vivo
e principalmente
VIVENDO...