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Primeira Vez

Dealema

Sou capaz de tudo por ti
Mesmo quando a sorte não me sorri
Desde a primeira vez que te ouvi
Sim foi ai que eu decidi
Metade de tudo o que vivi
Sim foi contigo que eu aprendi nunca te menti,
Nunca me rendi por vezes por dentro quase morri!

Sem ti sinto-me incompleto e digo-te de peito aberto
Quando estás longe eu desespero quero ter-te sempre por perto,
Estimulas o meu intelecto dou-te todo o meu afeto,
Sabes que sou sempre sincero contigo o futuro é certo

Despido, coroa sem espinhos
Guiado pelo sol que nasce nos olhos do meu filho
A folha que voou do meu livro do destino
Acordei poeta e arde-me o coração desde então
Eu acredito, em ti por ti eu vivo e sinto
Ao teu lado anémona envelheço em paz de espírito
Paladino no amor tenho um escudo de vidro
Equalizo o teu sorriso como um canto divino
Aprendi tudo contigo, universo escondido
Ensinaste-me que não há 7 cabeças num bicho
És mulher ou deusa no mais puro sentisse,
Coloriste o amarrotado do meu fado vadio
Adormecer no teu cabelo como a manta de cristo
Eternamente agradecido por ser pai comovido
Não me digam que não posso voar vamos voar
E esconder o nosso amor do outro lado do mar

Minha ninfa minha musa oásis neste meu deserto,
O meu raio de luz rasgando o céu encoberto,
O teu sorriso é um arco íris pela manhã quando desperto,
O nosso amor não é restrito mas sim bonito e discreto,
Respeito, confiança, amizade e compreensão,
São alicerces, paredes e tecto da nossa relação,
Doce como os teus doces, teus pratos são iguarias,
Mesmo quando te aborreces por não saírem como querias,
Tu tens toque de midas, adoro as tuas medidas,
Misteriosa e não vulgar como miúdas atrevidas,
Uma vênia a alma gémea minha cara metade
Tu tens a chave que abre a grade de acesso à felicidade
Mais vale tarde do que nunca já dizia o ditado
Eu estive quase 30 à espera só para te ter a meu lado
Vamos aproveitar o tempo e o conforto do nosso lar
Abraçados neste alpendre temos vista para o mar

Dez mil anos depois entre vénus e marte
A procurar-te totalmente decidido a amar-te
Ouvi-te, tive logo um palpite Afrodite
Que pra nós nem o céu seria o limite
O futuro sorri-te, entra no cockpit
Aceita o meu convite tenho um plano infalível
A minha nave tem combustível infindável
Voamos juntos, vamos ver o vasto oceano
Subgrave no máximo, vivemos ao segundo
À velocidade do compasso viajamos o mundo
Somos como a escultura de apoio e dafne
Pintura de neptuno a acalmar a tempestade
Desfrutamos da arte de cidade em cidade
Cumplicidade no caminho da felicidade
Idas para travessias ultramarinas
No fim mergulhamos vinte mil léguas submarinas

Se o nosso amor for forte vai resultar
Vamos ver o por do sol do outro lado do mar,
Céu escuro maré baixa, já não há vento, mas continuamos a remar,
A amar contra a corrente este romance,
É uma caravela, que navega no mar de desejo
Eu vejo a cara dela deslumbrante minha amante
Com esse ar triunfante num dia tão perto noutro tão distante
Tu matas-me mas fazes-me sentir vivo sem ti não vivo,
Tu mexes comigo. Damos as mãos, voamos para longe do mal
Medito no teu vale tipo monges no nepal
Recordo-me da noite em que nos conhecemos
O verde da esperança nos teus ornamentos
Vejo o brilho dos teus olhos como rios e sorrio
Adorei-te desde o dia em que cruzei o teu trilho

Composição: Dealema






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