Eu grito pelo meu país
Que finge
Os absurdos tão normais
Onde estou
Eu desejei o teu lugar
Quis agir da mesma forma
Aqui todos são iguais!
Impunidade usada pra vencer
Comprada com seus votos
E sua omissão
Legislar ou pedir pão
Não seja tão honesto
Ou irá morrer!
Se resignar e aceitar
Se eles são apenas dez?
Não terá o seu quinhão
Tão sujo quanto o deles
Normalidade!
Senso Comum!
(Me lembro com se fosse ontem do meu pai me falando
Para eu estudar pra ser alguém na vida
E disse coisas sobre o caso Aracelli e Ana Angélica
E dizia que não ia dar em nada
Lembro dos seus discursos sobre honestidade
De como deveríamos ser e agir)
Eu desejei este lugar
Quis agir da mesma forma
Aceitar os mais iguais!
Eu desejei o meu lugar
Vou agir da minha forma
Quero coisas mais reais!
(Tempos depois o meu velho se foi e descobri que saber não bastava)
Tente conceber! Tente
Vislumbrar!
Que é tão igual quanto os
Que odeia!
Tudo isso vai mudar?
(Precisava ser alguém e ter um nome
Um primo ou um padrinho, não abria mão do que aprendia
Para ser o que eles desejavam que eu fosse
Por isso prometi fazer alguma coisa, por todos que sejam honestos
Por mim, por La Madre, minha avó, meus amores, amigos, irmãos
E por todos que sofrem neste estado do Espírito Santo)