Sem janelas só espelhos
A boa vida no apertamento
Proteção que aliena a quem convém
Sufocando em segurança
Retorcendo e distorcendo a razão
Interesses que não servem mais ninguém
Cresce o muro, cresce a grade
Cresce o ego, insustentavelmente
Cresce o medo, o ódio e o desdém
Ganhar mudando as leis
Viver sem competir
Desaprender a enxergar e a sentir
O ponto cego, desumaniza o outro
Nega e anula o outro, e o outro
Do outro, do outro
Amor devido, é amor não pago
Dentro de uma escala de valor
A prudência que é capaz de anular
Aplaudido pelo ego
O reforço opositivo para si
Dividir a divida pra se sentar
Responsabilizar, acusar reprender
Aqueles que não poderão se defender
O ponto cego, desumaniza o outro
Nega e anula o outro, e o outro
Do outro, do outro
Cativeiro privativo
Alto custo de manutenção
Esperando a chegada do passado
Fragilidade extrema
Revivendo a confrontação
Resignado ao quadrado
O ponto cego, desumaniza o outro
Nega e anula o outro, e o outro
Do outro, do outro
Auto-ajuda, gasolina
Nos limites, entre contas e quinas
Vamos taxas os bancos pra se adaptar*
Na caverna o que ve é só o que há
Receita fabricada para confundir
O outro, do outro, do outro