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América Latina

América Latina

Talvez um dia, não mais existam aramados Talvez um dia, não mais existam aramados Tal vez algún día, no hay más conectados E nem cancelas, nos limites da fronteira E nem cancelas, nos limites da fronteira Ni puertas, dentro de los límites de la frontera Talvez um dia milhões de vozes se erguerão Talvez um dia milhões de vozes se erguerão Tal vez algún día millones de voces que se levantó Numa só voz, desde o mar as cordilheiras Numa só voz, desde o mar as cordilheiras Con una voz desde el mar y las sierras A mão do índio, explorado, aniquilado A mão do índio, explorado, aniquilado La mano de los indios, explotados, aplastados Do Camponês, mãos calejadas, e sem terra Do Camponês, mãos calejadas, e sem terra De los campesinos, las manos callosas, y los sin tierra Do peão rude que humilde anda changueando Do peão rude que humilde anda changueando El peatón camina cambio humilde grosero É dos jovens, que sem saber morrem nas guerras É dos jovens, que sem saber morrem nas guerras Se trata de jóvenes que mueren en guerras sin saber América Latina, Latina América América Latina, Latina América América Latina, América Latina Amada América, de sangue e suor Amada América, de sangue e suor Amada, la sangre y el sudor Talvez um dia o gemido das masmorras Talvez um dia o gemido das masmorras Tal vez algún día el gemido de los calabozos E o suor dos operários e mineiros E o suor dos operários e mineiros Y el sudor de los obreros y mineros Vão se unir à voz dos fracos e oprimidos Vão se unir à voz dos fracos e oprimidos Se unirá a la voz de los débiles y oprimidos E as cicatrizes de tantos guerrilheiros E as cicatrizes de tantos guerrilheiros Y las cicatrices de muchos guerrilleros Talvez um dia o silêncio dos covardes Talvez um dia o silêncio dos covardes Tal vez algún día el silencio de los cobardes Nos desperte da inconsciência deste sono Nos desperte da inconsciência deste sono A raíz de la inconsciencia del sueño E o grito do sepé na voz do povo E o grito do sepé na voz do povo Y el grito de Sepe la voz del pueblo Vai nos lembrar, que esta terra ainda tem dono Vai nos lembrar, que esta terra ainda tem dono Nos recuerda que esta tierra sigue siendo propiedad E as sesmarias, de campos e riquezas E as sesmarias, de campos e riquezas Y el mercedes de tierras, campos y la riqueza Que se concentram nas mão de pouca gente Que se concentram nas mão de pouca gente La concentración en manos de pocas personas Serão lavradas pelo arado da justiça Serão lavradas pelo arado da justiça Será elaborado por el arado de la justicia De norte a sul, no Latino Continente De norte a sul, no Latino Continente De norte a sur en el continente de América

Composição: Francisco Alves; Humberto Zanatta





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