O Danger Danger foi uma das últimas revelações do hard rock antes do estilo perecer diante ao grunge alternativo. Os idealizadores da banda se chamam Bruno Ravel (B) e Steve West (D), que se dividem entre composições, finanças e marketing. Eles selecionaram três músicos para a banda que estreiou em 1988, pelo aclamado selo Epic da Sony music. A responsabilidade era tremenda e eles não decepcionaram.
O primeiro disco do Danger Danger conquistou álbum de ouro em poucas semanas, graças as canções “Bang Bang” e “Naughty Naughty” que dominavam as FMs e davam as caras também na MTV. A banda conquistava as meninas, graças ao vocalista Ted Poley, uma espécie de Don juan do rock. Em pouco tempo a banda conseguiu grande status e fez turnês com o Kiss, Alice Cooper, Bon Jovi e Extreme.
Como o Segundo passo tem de ser maior que o primeiro, a banda lançou “Screw it!” em 1990, e o boom aconteceu de vez. “Monkey Business” e “I Still think about you” foram os hits que embalaram o álbum, que é considerado um dos melhores registros do “hard rock californiano”. A presença dos clips da banda na MTV era constante. Mais uma turnê junto ao Kiss se seguiu, e a banda já não era sucesso apenas nos EUA, alcançando também o Reino Unido e o Japão.
Tudo parecia perfeito, até que os problemas começaram a bater à porta. O primeiro foi a saída do tecladista Kasey Smith, que dizem as más linguas nunca vestiu realmente a camisa da banda. Andy Timmons, que era o guitarrista, e Ted Poley também resolveram seguir seu próprio caminho. A dupla de ferro Ravel e West se viu sozinha novamente. Resolveram que trabalhariam sozinhos no próximo álbum, e precisariam apenas de um vocalista. Por indicação de Bruce Fairbain (famoso produtor) eles convidaram Paul Laine, que havia lançado seu primeiro álbum solo, “Stick to your ear”. No currículo de Paul constava o fato de que ele havia feito as partes harmônicas do ábum “Face The Heat” do Scorpions. Resumindo... ele era um músico extremamente conceituado.
Paul aceitou o convite e em 95, o trio lança “Dawn...”, um album que traz uma nova sonoridade para a banda, o que divide os fãs. Em 97, Andy Timmons retorna à banda e o resultado é “Four the hard way”. Um álbum que agrada aos fãs, tem a essência do hard que promoveu a banda, mas não soa como anos 80. Tem um peso mais característico da década de 90. Neste álbum, brilha a voz de Paul Laine, que mostra que pelo menos tecnicamente, é infinitamente superior a Ted Poley.
O Danger Danger entrou no milênio com o álbum “The return of great Gildersleeves”. Desta vez a banda trouxe dois novos músicos, Lance Quinn e Tony Bruno, que não ajudaram muito, pois o disco é considerado pelos fãs um dos mais fracos da carreira da banda. Destaque para a faixa “Six Million dollar man”.
Alguns shows se seguiram. Paul Laine dava conta do recado, mas muitos torciam pela volta de Ted Poley, o que acabou não acontecendo. Em 2002 a banda soltou “Cockroach”, um álbum que havia sido engavetado, e que deveria ter saído originalmente em 93. Foi um retorno às raízes, literalmente, já que neste álbum a banda resgatou antigas canções feitas na época que Ted Poley ainda figurava e misturou a versões de quando a banda estava como um power trio. O resultado é magnífico. Canções como “Still Kickin” e “Afraid of Love” agradaram a gregos e troianos, tanto aos fãs de Ted como aos de Paul. Apesar deste lançamento, a banda permaneceu com a mesma formação,
Em 2003 foi lançada a coletânea "Rare Cuts", com faixas inéditas e raras. Depois de 10 anos a banda fez uma tour pela Inglaterra e Espanha. No final do ano saiu "We Wish You A Hairy Christmas", coletânea de versões de canções natalinas feitas pelas maiores "hair bands" da história, e o Danger Danger participou com "Naughty Naughty Xmas". Para fechar o ano com chave de ouro, a revista Guitar For The Practicing Musician classificou o álbum de lançamento da banda um dos "50 Greatest Guitar Albums Of The ‘80s".
2004 foi ainda mais excitante com o retorno, depois de onze anos, do vocalista Ted Poley.