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Valsa De Meu Subúrbio

Custódio Mesquita

Valsa triste
Velha valsa
Das serestas
Nas noites de lua
Ainda hoje,
Tu emprestas
Teu lamento
Aos cantores da rua
Velha valsa
Minha amiga
Tão boêmia
Quanto o teu cantor
Valsa triste.

Tu me obrigas
A contar um história
De amor...
Quem não viu num subúrbio distante
Numa valsa um cantor soluçar ?
A pedir, a implorar suplicante,
A esmola de um beijo, um olhar,
Eis que surge medrosa à janela
A donzela, a razão dos seus ais,
Ele então pede a ela
Que esta valsa, não esqueça, jamais !






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