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O Aço

Cristiano Quevedo

Letra: - Christian Davesac
Música: - Miguel Tejera

A seiva bruta que provém da terra
Suor vermelho que caleja o dia
Renova as dores quando o gado berra
E recompõem-se pelas tardes frias!

O arame novo que divide o campo
As invernadas de araçá e pitanga
Faz corredores estreitando o pranto
Que até silêncio vira boi de canga!

O aço é o tempo que acordou da sesta
E pras retinas foi um par de esporas
Pois nós sabemos quando o ferro presta
Se a sua alma não quis ir-se embora!

De noite às vezes junto à sanga casta
Ouvem-se vozes num rancho vazio
É a nostalgia de uma pedra gasta
Templando o aço e renovando o fio!

E quando o moço convertido à reza
Com mais saudade se lembrar de alguém
O tempo antigo que passou depressa
Mostra-lhe o aço que o espelho tem!






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