O Cradle Of Filth é, desde 1991, considerado o responsável pela volta da popularidade do black/death metal no mundo. Criado na Inglaterra, o grupo era formado inicialmente por Dani Filth (vocal), Paul Ryan (guitarra), Ben Ryan (irmão de Paul e tecladista), Darren (bateria) e John Richard (baixista). Com um ano de estrada, gravaram a primeira demo, “Invoking the Inclean”, seguida pela “Orgiastic Plesure”. Algumas mudanças trouxeram uma nova formação: Robin (baixo), Paul Allender (guitarra) e Nickolas Baker (bateria), além de Dani, Paul e Bem Ryan.
As demos começaram a circular pelas gravadoras e, em 1993, eles conseguiram um contrato com a Cacophonus Records. Além da música em si, a gravadora se interessou pelas letras sobre vampirismo e a lenda de Elizabeth Bathory, além das pinturas e roupas que usavam. No ano seguinte, chegou às lojas o álbum de estréia, “The Principle of Evil Made Flesh”, que trazia, ainda, nomes artísticos para os integrantes, como o de Dani, que era Dark Immortall Scream.
Em pouco tempo, os irmãos Paul e Ben saíram para formar a banda Blood Divine e entraram Dtuart Anstis e Damien Gregori, respectivamente. Gyan Pyres também entrou na banda no lugar de Paul Allender. Durante a produção do álbum seguinte, perceberam que era hora de trocar de gravadora. “Dusk... And Her Embrance” saiu pela Music For Nations e contou com produção de Kit Woolven. O tema vampirismo ganhou mais espaço entre as composições de Dani, já que ele estudou sobre escritores e filósofos durante a adolescência, como Nietzsche e Marquês de Sade.
Para divulgar o segundo disco, o grupo fez uma turnê mundial e percebeu o crescimento do número de fãs. Depois da saída de Damien e a entrada de Lecter Smith, a banda voltou ao estúdio. “Cruelty and the Beasty” saiu em 1998 com produção de Jan Peter Genkel. A referência a Nietzsche nas músicas de Dani estava mais florescida e ajudou a tornar este disco o mais importante da carreira até aquele momento.
No mesmo ano, o grupo esteve presente em dois importantes projetos. No tributo ao Slayer, “Slatanic Slaughter II”, em que cantaram “Hell Awaits” e a “Malice Through The Looking Glass”, na coletânea “Gods of Darkness”. O Cradle of Filth chamava cada vez mais a atenção, não só de fãs, mas de religiosos que queriam protestar contra o grupo. A longa turnê que fizeram logo depois do lançamento do disco foi o alvo dos protestantes, em especial nos Estados Unidos. Após a turnê, mais algumas mudanças, as saídas de Nickolas, Lecter e Stuart e a volta de Allender e Pyres. Mesmo assim, o grupo estava sem tecladista.
Em 1999, o Cradle of Filth lançou um vídeo com a música “From the Cradle to Enslave”, com duas versões, uma censurada e outra não. No ano seguinte, chegou mais um disco, “Midian”, com Martin no teclado, que é considerado o de melhor qualidade da carreira.
Novos projetos surgiram e Dani, naquele mesmo ano estrelou no filme “Cradle of Fear”, que teve mesma produção do vídeo do grupo. Um ano depois, o grupo se apresentou em Nottingham, na Inglaterra, com transmissão ao vivo pela Internet. Este show foi lançado mais tarde em DVD. Logo depois, Robin deixou o grupo e deu lugar a Dave Pybus.
Com a nova formação, a banda se apresentou no Ozzfest-UK, ao lado de Ozzy Osbourne, Slayer e System of a Down. Sem Gyan Pyres, que saiu alegando problemas pessoais, Cradle of Filth lançou o quinto disco, “Damnation and a Day”, com participação da Orquestra de Budapeste, em 2003, pela nova gravadora: a Sony. O grupo saiu em turnê pela América do Norte e Europa. Para completar o ano, Dani foi um dos dubladores do desenho animado “Dominator”.