Ai que saudade que eu tenho da infância
Dias felizes que o tempo não apaga
Ainda hoje estão vivas na lembrança
Minhas andanças no meio da molecada
O Sol nascendo derramando luz divina
Pelas campinas de orvalho umedecida
A passarada, em alvorada, na cortina
Ai que saudade dessa saudade vivida
Ai que saudade que eu tenho da escolinha
Das manhãzinhas quando eu ia estudar
Ai que saudade da minha professorinha
Da Mariazinha, que eu queria namorar
Cruel destino com a gente sempre brinca
Foi afastando a minha infância lentamente
E as lembranças do meu tempo de criança
São coisas belas que eu guardo em minha mente
Ai quem me dera eu voltar a ser criança
À minha infância, sem ter nada o que pensar
Despreocupado, afagar uma esperança
A esperança de ver o mundo girar
E nesse giro, por poder onipotente
Rapidamente a minha vida transformou
E da criança que corria alegremente
Hoje só resta a saudade que ficou