Ao deixá-la a espera de um filho,
Mesmo sendo menor de e idade
Você não quis valer-se da lei
Castigando meu gesto covarde
E falou eu não quero ninguém
Pra que viva forçado comigo
Quem não serve pra ver o próprio erro
Nunca serve pra ser meu marido.
E até hoje solteira e honesta
Você cria o filhinho que é nosso
Enquanto isso no meu coração
Corta fundo a dor do remorso.
Hoje aos vários anos a vejo
Quando leva o filho a escola
Sou agora um boêmio que almeja
Receber seu perdão por esmola
Mas as suas palavras ficaram
Qual punhal a ferir meus ouvidos
Quem não seve pra ver o próprio erro
Nunca serve pra ser meu marido.