Chegamos um bocado de gente
Da mesma seara.
O sol tava danado de quente;
Queimou nossa cara.
Comprei uma jaqueta de veludo
E não tava cara.
Eu quis saber a graça da vidente:
Era Theda Bara!
Olho a olho! Cara a cara!
Corre-corre! Bate-boca e bafafá.
Pra ver o homem de brinco
E a mulher barbada,
Troquei o meu cavalo por cinco
Burros de cangalha.
Um cara apareceu falando gringo,
Mas não tinha cara.
Um outro diz que vinha do garimpo;
Tinha nem sandália!
- Tá por fora! - Paroara!
- Buginganga! - Pau-de-arara!
Catamos os bagulhos da gente
- Nossas maravalhas -.
Joguei um balde d'água num crente,
Que encheu a cara.
Guardei minha jaqueta de veludo;
Tava uma fornalha.
O gringo andava todo saliente
Com a minha Theda Bara.
- Tá na hora!
- Paroara!
- Vam'embora!
- Pau-de-arara!
- Theda Bara!
- Pau-de-arara!
- Sayonara!