O Cheap Trick surgiu em Illinois em 1973. A idéia de montar a banda veio de um guitarrista esquisitão chamado Rick Nielsen. Desde pequeno Rick sempre foi o esquisito da turma, suas roupas eram no minímo exóticas, tinha a mania de inventar coisas, colecionava guitarras, e algumas pareciam vindas de outro planeta. Ele era fã de bandas igualmente esquisitas como o Family. Antes do Cheap trick ,ele teve várias bandas para onde levava sempre consigo, seu amigo, o baterista Bum. E Carlos. Quando a idéia do Cheap Trick surgiu, ele convidou o talentoso baixista Tom Petterson para tocar. Mais tarde viria Robin Zander, que seria o frontman da banda. A banda começou a tocar pelos clubes da cidade, com públicos que variavam muito. Não se importavam, e tocavam para dez pessoas da mesma maneira que tocariam para mil.
Em 74, eles começaram a fazer shows com bandas que estavam em ascensão como Kiss e Journey. Após muita insistência de Rick, o conceituado produtor Jack Douglas deu a oportunidade a banda para gravar seu primeiro álbum.
Em 1977, debutava na América o rock n’roll alegre e inocente do Cheap Trick. Músicas como “Hot Love” e “Oh, Candy” conquistaram os jovens americanos. Robin Zander disputava a coroa de Sex Symbol do rock n‘roll setentista. Para não perder o momento, no mesmo ano o Cheap Trick soltou “In Color”, que foi gravado no estúdio de Tom Werman.
“Heaven Tonight” saiu em 78, e a banda já tinha status. Seus albuns já eram sucesso em todo o mundo (menos no Brasil, onde a banda foi muito muito mal divulgada). O Hit “Surrender” ecoava nas rádios e a banda acabou parando no Japão, de onde saiu o registro “Live At Budokan”. O multi-platinado álbum é sucesso até hoje na terra do sol nascente.
Em 79, eles soltam “Dream Police” que trazia a canção “Way of the World”.
O Cheap Trick era endeusado na América, mas a entrada dos anos 80 não trouxeram sorte à banda. “All Shook up” foi produzido por George Martin, e apesar de ser um bom álbum, não satisfez as expectativas. O Baixista Jim Petterson se sentindo frustrado, resolve abandonar a banda, Jon Brant fica com a vaga.
Os anos 80 foram tão negros para a banda, que o Cheap Trick se rendeu ao comercialismo e se tornou uma banda pop. Começaram a fazer tilhas sonoras para filmes que não emplacaram e lançar albuns que não empolgaram. “One on One”, “Next position Please”, “Standing on the Edge” (Com o produtor Jack Douglas outra vez) e “Doctor”, foram os fracassos que se seguiram na década de 80. A cada álbum ficava notória a queda em direção ao buraco negro que o Cheap Trick trilhava.
Em 1988, a banda anuncia o retorno de Tom Petterson, que era anunciado como o salvador da pátria. Com muito estardalhaço, eles gravam o álbum “Lap of Luxury”, que tinha confecção em 3D, com a produção de Ritchie Zito. O resultado é positivo, a balada “The Flame” entra nas paradas e devolve um pouco de dignidade à banda.
“Busted” é editado em 1990 e a banda cai novamente. Voltam a fazer shows em pequenos clubes. Parecia que pior do que estava a situação não poderia ficar, mas ficou... Após um período de três anos sem lançar nada, onde apenas um “Greatest Hits” foi editado, sai “Woke Up With a Monster” (1994). Neste disco o Cheap Trick chega ao fundo do poço. O álbum é execrado e ridicularizado pela mídia que considerava a banda um Dinossauro que se recusava a ser extinto.
A banda se preparava para mais uma investida de estúdio, quando lhe foi oferecida a ajuda de Billy corgan (Smashing Pumpkins), outro músico de Illinois. Nesta época, a gravadora relançava alguns de seus discos, tentando reativar a memória do público que parecia cada vez mais indiferente à banda.
Apesar de nunca ter tido uma grande repercussão no Brasil, o Cheap Trick tem canções que emplacaram por aqui como “If you want my love (You got it)”, “I want you want to me” e “In The Streets” que faz a abertura do seriado The 70´s Show.