Craveiro / paulinho
Moda de Viola
No deserto a onde eu moro na hora do amanhecer
Não sei o que tem meu no peito que pega a se entristecer
Quando os passarinhos cantam anunciando o dia romper
Clareia, o dia amanhece redobra o meu padecer.
Eu abro minha janela com certeza de te ver
Enxergo a rosa branca com certeza do espinho
Que serve de vedo e pra mar tenho medo
Isso já tem me feito meu peito sofrer.
Meu nascimento no mundo foi pra querer bem você
Teus olhos são duas correntes ficaram pra me prender;
Fiquei preso nos seus carinhos e não posso me desprender
Conforme vem seus agrados eu preciso corresponder.
Peço um abraço e vóis nega disse que não pode ser
De certo você tem o gosto de ver seu amante
Sofrendo bastante assim mesmo eu te amo
E não arreclamo eu nasci pra sofrer.
Tive grande regalia antes de te conhecer
Primeira vez que te vi esses vossos olhos a tremer
Foi um golpe venenoso que fez meu coração doer
Vóis passava requebrando vestidinho de godê.
O luxo da moreninha e que põe a gente a perder
Eu vendo o rosto corado dando risadinha
Na sistema minha pra quem me querer bem
Eu dou nota de cem e não deixo sofrer.