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Velho Aconchego

Cezar E Paulinho

Bebeto e Aguiar
Toada Balanço

Filho você sempre quis me levar pra cidade -
Pra desfrutar do conforto que você conquistou,
Mas esse seu velho que sempre viveu sem vaidade,
Quer findar a vida onde a sua começou!
Nessa casinha modesta à luz do sol e à luz da lua
Vendo a chuva lá na serra, sobre a natureza nua -
Mergulhado no sossego
Desse velho aconchego, onde a vida continua!

Filho, ainda quero acordar com a galo cantando
E o latido do velho amigo, que não me abandona
Depois de um dia de trabalho, a noitinha chegando,
Na varanda pontear a viola, na velha poltrona!
Contemplando o lindo filme que você vive a contar
Que tem a lua prateada e estrelas a mostrar -
Que em meus olhos tem o brilho
Dizendo vá meu filho, que aqui é meu lugar!

Filho eu quero que quando chegar o meu neto -
Dê a ele o conforto que me ofereceu;
Quando ele crescer, eu te peço, pra mostrar de perto
A beleza desse paraíso, onde você nasceu!
Essa casinha modesta à luz do sol e à lua da lua
E a chuva lá na serra sobre a natureza nua -
Mostre a ele o infinito
Esse filme tão bonito, que ainda continua!






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